So when you scream for me, i won't answer you; when you beg for me to hold you, i'll just walk away....
Because September begun with a good bye to your heart, and November started with the burning of my heart too...
Like a fenix, it will reborn from the ashes and conquer someone's world!
Life is my lover, even without a heart. Love is my life, even without my soul. Soul is the whole me, even when I have a body.
And my body..... it's not even part of me. So if I give it to you, you can have it, you can taste it, you can control it. But you won't take any part of me.
This is who I am, and what I want. I´m a heart, I'm a life, I'm a soul, I'm a feeling! And when I am everything, I'm a body too. If you touch my feelings, you'll totaly take me as yours. If you touch my body, you'll have a good moment, and that's all.
I know what I am and what I want. Do you?
That's the question! :)
"If we could take the time to lay it on the line,I could rest my head just knowin' that you were my, all my. So if you want to love me then darlin' don't refrain Or I'll just end up walkin' in the cold November rain"
http://www.youtube.com/watch?v=K10exMJ44BQ
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Se te Queres - Álvaro de Campos
Se te queres matar, por que não te queres matar?
Ah, aproveita! que eu, que tanto amo a morte e a vida,
Se ousasse matar-me, também me mataria...
Ah, se ousares, ousa!
De que te serve o quadro sucessivo das imagens externas
A que chamamos o mundo?
A cinematografia das horas representadas
Por atores de convenções e poses determinadas,
O circo policromo do nosso dinamismo sem fím?
De que te serve o teu mundo interior que desconheces?
Talvez, matando-te, o conheças finalmente...
Talvez, acabando, comeces...
E, de qualquer forma, se te cansa seres,
Ah, cansa-te nobremente,
E não cantes, como eu, a vida por bebedeira,
Não saúdes como eu a morte em literatura!
Fazes falta? Ó sombra fútil chamada gente!
Ninguém faz falta; não fazes falta a ninguém...
Sem ti correrá tudo sem ti.
Talvez seja pior para outros existires que matares-te...
Talvez peses mais durando, que deixando de durar...
A mágoa dos outros?... Tens remorso adiantado
De que te chorem?
Descansa: pouco te chorarão...
O impulso vital apaga as lágrimas pouco a pouco,
Quando não são de coisas nossas,
Quando são do que acontece aos outros, sobretudo a morte,
Porque é coisa depois da qual nada acontece aos outros...
Primeiro é a angústia, a surpresa da vinda
Do mistério e da falta da tua vida falada...
Depois o horror do caixão visível e material,
E os homens de preto que exercem a profissão de estar ali.
Depois a família a velar, inconsolável e contando anedotas,
Lamentando a pena de teres morrido,
E tu mera causa ocasional daquela carpidação,
Tu verdadeiramente morto, muito mais morto que calculas...
Muito mais morto aqui que calculas,
Mesmo que estejas muito mais vivo além...
Depois a trágica retirada para o jazigo ou a cova,
E depois o princípio da morte da tua memória.
Há primeiro em todos um alívio
Da tragédia um pouco maçadora de teres morrido...
Depois a conversa aligeira-se quotidianamente,
E a vida de todos os dias retoma o seu dia...
Depois, lentamente esqueceste.
Só és lembrado em duas datas, aniversariamente:
Quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste.
Mais nada, mais nada, absolutamente mais nada.
Duas vezes no ano pensam em ti.
Duas vezes no ano suspiram por ti os que te amaram,
E uma ou outra vez suspiram se por acaso se fala em ti.
Encara-te a frio, e encara a frio o que somos...
Se queres matar-te, mata-te...
Não tenhas escrúpulos morais, receios de inteligência! ...
Que escrúpulos ou receios tem a mecânica da vida?
Que escrúpulos químicos tem o impulso que gera
As seivas, e a circulação do sangue, e o amor?
Que memória dos outros tem o ritmo alegre da vida?
Ah, pobre vaidade de carne e osso chamada homem.
Não vês que não tens importância absolutamente nenhuma?
És importante para ti, porque é a ti que te sentes.
És tudo para ti, porque para ti és o universo,
E o próprio universo e os outros
Satélites da tua subjetividade objetiva.
És importante para ti porque só tu és importante para ti.
E se és assim, ó mito, não serão os outros assim?
Tens, como Hamlet, o pavor do desconhecido?
Mas o que é conhecido? O que é que tu conheces,
Para que chames desconhecido a qualquer coisa em especial?
Tens, como Falstaff, o amor gorduroso da vida?
Se assim a amas materialmente, ama-a ainda mais materialmente,
Torna-te parte carnal da terra e das coisas!
Dispersa-te, sistema físico-químico
De células noturnamente conscientes
Pela noturna consciência da inconsciência dos corpos,
Pelo grande cobertor não-cobrindo-nada das aparências,
Pela relva e a erva da proliferação dos seres,
Pela névoa atômica das coisas,
Pelas paredes turbihonantes
Do vácuo dinâmico do mundo...
Ah, aproveita! que eu, que tanto amo a morte e a vida,
Se ousasse matar-me, também me mataria...
Ah, se ousares, ousa!
De que te serve o quadro sucessivo das imagens externas
A que chamamos o mundo?
A cinematografia das horas representadas
Por atores de convenções e poses determinadas,
O circo policromo do nosso dinamismo sem fím?
De que te serve o teu mundo interior que desconheces?
Talvez, matando-te, o conheças finalmente...
Talvez, acabando, comeces...
E, de qualquer forma, se te cansa seres,
Ah, cansa-te nobremente,
E não cantes, como eu, a vida por bebedeira,
Não saúdes como eu a morte em literatura!
Fazes falta? Ó sombra fútil chamada gente!
Ninguém faz falta; não fazes falta a ninguém...
Sem ti correrá tudo sem ti.
Talvez seja pior para outros existires que matares-te...
Talvez peses mais durando, que deixando de durar...
A mágoa dos outros?... Tens remorso adiantado
De que te chorem?
Descansa: pouco te chorarão...
O impulso vital apaga as lágrimas pouco a pouco,
Quando não são de coisas nossas,
Quando são do que acontece aos outros, sobretudo a morte,
Porque é coisa depois da qual nada acontece aos outros...
Primeiro é a angústia, a surpresa da vinda
Do mistério e da falta da tua vida falada...
Depois o horror do caixão visível e material,
E os homens de preto que exercem a profissão de estar ali.
Depois a família a velar, inconsolável e contando anedotas,
Lamentando a pena de teres morrido,
E tu mera causa ocasional daquela carpidação,
Tu verdadeiramente morto, muito mais morto que calculas...
Muito mais morto aqui que calculas,
Mesmo que estejas muito mais vivo além...
Depois a trágica retirada para o jazigo ou a cova,
E depois o princípio da morte da tua memória.
Há primeiro em todos um alívio
Da tragédia um pouco maçadora de teres morrido...
Depois a conversa aligeira-se quotidianamente,
E a vida de todos os dias retoma o seu dia...
Depois, lentamente esqueceste.
Só és lembrado em duas datas, aniversariamente:
Quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste.
Mais nada, mais nada, absolutamente mais nada.
Duas vezes no ano pensam em ti.
Duas vezes no ano suspiram por ti os que te amaram,
E uma ou outra vez suspiram se por acaso se fala em ti.
Encara-te a frio, e encara a frio o que somos...
Se queres matar-te, mata-te...
Não tenhas escrúpulos morais, receios de inteligência! ...
Que escrúpulos ou receios tem a mecânica da vida?
Que escrúpulos químicos tem o impulso que gera
As seivas, e a circulação do sangue, e o amor?
Que memória dos outros tem o ritmo alegre da vida?
Ah, pobre vaidade de carne e osso chamada homem.
Não vês que não tens importância absolutamente nenhuma?
És importante para ti, porque é a ti que te sentes.
És tudo para ti, porque para ti és o universo,
E o próprio universo e os outros
Satélites da tua subjetividade objetiva.
És importante para ti porque só tu és importante para ti.
E se és assim, ó mito, não serão os outros assim?
Tens, como Hamlet, o pavor do desconhecido?
Mas o que é conhecido? O que é que tu conheces,
Para que chames desconhecido a qualquer coisa em especial?
Tens, como Falstaff, o amor gorduroso da vida?
Se assim a amas materialmente, ama-a ainda mais materialmente,
Torna-te parte carnal da terra e das coisas!
Dispersa-te, sistema físico-químico
De células noturnamente conscientes
Pela noturna consciência da inconsciência dos corpos,
Pelo grande cobertor não-cobrindo-nada das aparências,
Pela relva e a erva da proliferação dos seres,
Pela névoa atômica das coisas,
Pelas paredes turbihonantes
Do vácuo dinâmico do mundo...
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Adiamento- Álvaro de Campos
"Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
E assim será possível; mas hoje não...
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,
O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico...
Esta espécie de alma...
Só depois de amanhã...
Hoje quero preparar-me,
Quero preparar-rne para pensar amanhã no dia seguinte...
Ele é que é decisivo.
Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos...
Amanhã é o dia dos planos.
Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o rnundo;
Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...
Tenho vontade de chorar,
Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...
Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.
Só depois de amanhã...
Quando era criança o circo de domingo divertia-rne toda a semana.
Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância...
Depois de amanhã serei outro,
A minha vida triunfar-se-á,
Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático
Serão convocadas por um edital...
Mas por um edital de amanhã...
Hoje quero dormir, redigirei amanhã...
Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância?
Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,
Que depois de amanhã é que está bem o espetáculo...
Antes, não...
Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei.
Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser.
Só depois de amanhã...
Tenho sono como o frio de um cão vadio.
Tenho muito sono.
Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...
Sim, talvez só depois de amanhã...
O porvir...
Sim, o porvir..."
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
E assim será possível; mas hoje não...
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,
O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico...
Esta espécie de alma...
Só depois de amanhã...
Hoje quero preparar-me,
Quero preparar-rne para pensar amanhã no dia seguinte...
Ele é que é decisivo.
Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos...
Amanhã é o dia dos planos.
Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o rnundo;
Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...
Tenho vontade de chorar,
Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...
Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.
Só depois de amanhã...
Quando era criança o circo de domingo divertia-rne toda a semana.
Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância...
Depois de amanhã serei outro,
A minha vida triunfar-se-á,
Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático
Serão convocadas por um edital...
Mas por um edital de amanhã...
Hoje quero dormir, redigirei amanhã...
Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância?
Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,
Que depois de amanhã é que está bem o espetáculo...
Antes, não...
Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei.
Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser.
Só depois de amanhã...
Tenho sono como o frio de um cão vadio.
Tenho muito sono.
Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...
Sim, talvez só depois de amanhã...
O porvir...
Sim, o porvir..."
Cheguei ao fim de um capítulo da minha vida. Senti que bati no chão com o peito, e doeu. Doeu porque me faltou o ar, o sangue deixou de irrigar o meu cérebro, o meu cérebro deixou de comandar o meu corpo. Estaquei ali, sem conseguir levantar-me, e sem mais ninguém ao pé de mim para além de quem me empurrou e não me levantou, porque eu também não tive voz para pedir.
Não quero ser radical, mas tenciono ser pragmática. Por isso, tomei a resolução de não deixar que me magoem mais o coração. "Como?"- perguntam. Substitui-o.
Submeti-me a uma cirurgia mental e removi-o, substituindo-o por um de liga, mais resistente e ritmado. Um coração que não sente. Um coração, que quando as pilhas se acabarem, simplesmente deixa de bater. Um coração que não me faça sofrer como este me fez. Porque embora eu ainda esteja viva, ele já não está. E mando à merda com todas as forças quem me espetou, quem mo quis realmente despedaçar com quantas forças tinha. A quem o fez sem esse propósito, eu perdoo, e explico que o seu tiro foi só o ultimo e realmente foi mortal, mas que não foi o mais cruel. Contudo, foi o derradeiro, e não se pode voltar atrás. Sim, Mickey, falo de ti. É claro que falo de ti. Não és perfeito, nem por sombras, e eu também não o sou.
Tens que saber que, embora o meu coração seja de lata, a minha mente é a mesma, vou recordar todos os bons e os maus momentos, mas os que mais quero recordar são os momentos anteriores, os momentos da amizade. Mais ainda: pretendo reviver, porque acho que ambos fazemos falta um ao outro nesse ponto, e talvez seja isso que nos tem faltado nos ultimos tempos... Um bom abraço de amigos, umas lágrimas e umas palavras sinceras que escorram pelos ombros um do outro, um ouvido atento. E nada mais.
É isso que adoramos um no outro, e nada mais.
Nada mais.
Não quero ser radical, mas tenciono ser pragmática. Por isso, tomei a resolução de não deixar que me magoem mais o coração. "Como?"- perguntam. Substitui-o.
Submeti-me a uma cirurgia mental e removi-o, substituindo-o por um de liga, mais resistente e ritmado. Um coração que não sente. Um coração, que quando as pilhas se acabarem, simplesmente deixa de bater. Um coração que não me faça sofrer como este me fez. Porque embora eu ainda esteja viva, ele já não está. E mando à merda com todas as forças quem me espetou, quem mo quis realmente despedaçar com quantas forças tinha. A quem o fez sem esse propósito, eu perdoo, e explico que o seu tiro foi só o ultimo e realmente foi mortal, mas que não foi o mais cruel. Contudo, foi o derradeiro, e não se pode voltar atrás. Sim, Mickey, falo de ti. É claro que falo de ti. Não és perfeito, nem por sombras, e eu também não o sou.
Tens que saber que, embora o meu coração seja de lata, a minha mente é a mesma, vou recordar todos os bons e os maus momentos, mas os que mais quero recordar são os momentos anteriores, os momentos da amizade. Mais ainda: pretendo reviver, porque acho que ambos fazemos falta um ao outro nesse ponto, e talvez seja isso que nos tem faltado nos ultimos tempos... Um bom abraço de amigos, umas lágrimas e umas palavras sinceras que escorram pelos ombros um do outro, um ouvido atento. E nada mais.
É isso que adoramos um no outro, e nada mais.
Nada mais.
domingo, 12 de outubro de 2008
Pausa Sabática
por decisão unanime dos meus neurónios (que já se contam pelos dedos q tenho...) vou deixar de publicar poemas aqui, por tempo indeterminado.
obrigado a quem tem visitado o blog, mesmo que não tenham sido muitos.
Contudo, continuarei a publicar algumas reflexões ou comentários.
até breve
obrigado a quem tem visitado o blog, mesmo que não tenham sido muitos.
Contudo, continuarei a publicar algumas reflexões ou comentários.
até breve
domingo, 28 de setembro de 2008
tanto para dizer
Estou a tentar esquecer-te. Eu sei que preciso de te esquecer, pelo menos por um tempo. Mas como se esquece o nosso príncipe depois de o encontrarmos? Durante muitos anos apaguei a imagem desse príncipe dos meus sonhos. Afinal, seria só uma fantasia. E fui-me contentando com o que a realidade parecia trazer de melhor. Carinho, atracção, amizade… mas o companheirismo, a entreajuda, o amor incondicional… pensei não existir.
Depois, conheci-te. E não foi pelos teus lindos olhos, pelo teu corpo musculado, pelo teu físico que me apaixonei. Tão pouco pelo dinheiro ou ambições que tenhas. Foi sim, pelo carinho com que cuidas de todos à tua volta, pela companhia que me fazias mesmo à distância, pelo desafio mental que me proporcionas! E pelos camarões fritos à meia-noite… Esta lembrança fez-me sorrir. Aquela noite, em que tivemos que usar todos os nossos recursos mentais para não fugirmos ao que sabíamos ser o correcto a fazer. As conversas, os desabafos, os sorrisos partilhados. A vontade de te beijar, de te compensar com o mesmo carinho que tu me transmitias, e sentir que estavas receptivo a isso naquela hora, deixava-me entre a espada e a parede!... Valeu o esforço de respeitar o espaço que ambos necessitamos neste momento…
Tanto para dizer, tanto para contar e tanto segredo para esconder. Tanto que gostava de poder dizer, e só a ti, e tanto que gostava de te escutar.
Poderia falar por exemplo, do sabor que é poder encostar a minha cabeça no teu ombro, e saber que nada me exiges em troca, senão poderes fazer o mesmo quando tens vontade disso. E poderia falar do quanto é bom quando descansas no meu colo, e eu te mimo com beijos e carícias sinceras. Poderia falar do quanto é agradável falar contigo, de te ouvir a contar histórias, de escutar o teu riso espontâneo, o teu modo de viver a vida. Poderia falar do quanto me fazes sentir importante só por ser singular, mesmo quando a moral está abaixo da linha… mas não quero falar. Porque são só recordações do passado, e espero vivenciá-las num futuro próximo.
Eu não sei ler o futuro. Agora, preciso de viver o presente. Mas não posso fingir que o meu presente não está vazio. De um modo ou de outro, faltas tu aqui, e ninguém te substitui.
Com muito carinho, para o meu Mickey ;)
Depois, conheci-te. E não foi pelos teus lindos olhos, pelo teu corpo musculado, pelo teu físico que me apaixonei. Tão pouco pelo dinheiro ou ambições que tenhas. Foi sim, pelo carinho com que cuidas de todos à tua volta, pela companhia que me fazias mesmo à distância, pelo desafio mental que me proporcionas! E pelos camarões fritos à meia-noite… Esta lembrança fez-me sorrir. Aquela noite, em que tivemos que usar todos os nossos recursos mentais para não fugirmos ao que sabíamos ser o correcto a fazer. As conversas, os desabafos, os sorrisos partilhados. A vontade de te beijar, de te compensar com o mesmo carinho que tu me transmitias, e sentir que estavas receptivo a isso naquela hora, deixava-me entre a espada e a parede!... Valeu o esforço de respeitar o espaço que ambos necessitamos neste momento…
Tanto para dizer, tanto para contar e tanto segredo para esconder. Tanto que gostava de poder dizer, e só a ti, e tanto que gostava de te escutar.
Poderia falar por exemplo, do sabor que é poder encostar a minha cabeça no teu ombro, e saber que nada me exiges em troca, senão poderes fazer o mesmo quando tens vontade disso. E poderia falar do quanto é bom quando descansas no meu colo, e eu te mimo com beijos e carícias sinceras. Poderia falar do quanto é agradável falar contigo, de te ouvir a contar histórias, de escutar o teu riso espontâneo, o teu modo de viver a vida. Poderia falar do quanto me fazes sentir importante só por ser singular, mesmo quando a moral está abaixo da linha… mas não quero falar. Porque são só recordações do passado, e espero vivenciá-las num futuro próximo.
Eu não sei ler o futuro. Agora, preciso de viver o presente. Mas não posso fingir que o meu presente não está vazio. De um modo ou de outro, faltas tu aqui, e ninguém te substitui.
Com muito carinho, para o meu Mickey ;)
sábado, 6 de setembro de 2008
Fantasia
Não quero ver as estrelas,
Não quero ver o céu.
Quero estar entre elas,
Ter um mundo só meu.
Quero sorrir, ver o reflexo
Das rugas no meu rosto.
Abandonar o que não tem nexo,
Ver o sol após se ter posto.
Quero flutuar, tocar no espaço,
Sentir o vácuo do Universo;
Deixar o tempo, esse compasso
Que acompanha a morte, em verso.
Quero sonhar, para entrar nas nuvens;
Viver num castelo encantado
Cheio de bolhas de sabão, solúveis.
E viver p’ra sempre com o meu amado.
Resumindo esta fantasia,
O que eu quero é estar contigo,
Relembrar as nossa alegria,
Vivenciando o amor antigo.
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
explosão interna
Já não aguento mais,
Acabei de explodir!
Este dia de arraiais
Acabaria por vir…
Qual foguete que alegra a festa
Voo eu até altos céus.
De mágoa, rebenta-me a testa,
Nela, penduro duros véus.
Foge-me a dor dos meus olhos,
A tristeza rouba-me a face.
Treme a terra nestes escolhos,
Que um dia foram “une place”.
Sim, um lugar p’ra te pousares
Sobre a leve seda macia:
Meu coração de leves ares
Que de amor se arrepia.
Mas um furacão passou
E arrasou com os portões.
Guardas régios matou,
Que me protegiam de paixões.
E desfeita, só, me estaco,
Encurralada a meio caminho.
Estalada, que nem um caco,
Preciso sentir o teu carinho...
Acabei de explodir!
Este dia de arraiais
Acabaria por vir…
Qual foguete que alegra a festa
Voo eu até altos céus.
De mágoa, rebenta-me a testa,
Nela, penduro duros véus.
Foge-me a dor dos meus olhos,
A tristeza rouba-me a face.
Treme a terra nestes escolhos,
Que um dia foram “une place”.
Sim, um lugar p’ra te pousares
Sobre a leve seda macia:
Meu coração de leves ares
Que de amor se arrepia.
Mas um furacão passou
E arrasou com os portões.
Guardas régios matou,
Que me protegiam de paixões.
E desfeita, só, me estaco,
Encurralada a meio caminho.
Estalada, que nem um caco,
Preciso sentir o teu carinho...
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Aproveita para Amar
Encho uma folha branca
De palavras sem nexo.
Não existem, não exprimem
Sentimento tão complexo
Como o que sinto cá dentro,
Envolvendo o pensamento.
Não como, não adormeço,
Não vivo, não te esqueço
Um segundo na minha vida.
Na utopia da corrida
Que fazemos toda a hora,
Vemos o tempo ir embora
E os dias passam, um Inverno,
Trazemos p’ra nós o Inferno.
Remorsos penetram em nós,
De não ter seguido a voz
Que dizia, em coro, “Arrisca!”,
O sinal que forte pisca,
“Segue, deixa de racionar.
Aproveita para amar”.
De palavras sem nexo.
Não existem, não exprimem
Sentimento tão complexo
Como o que sinto cá dentro,
Envolvendo o pensamento.
Não como, não adormeço,
Não vivo, não te esqueço
Um segundo na minha vida.
Na utopia da corrida
Que fazemos toda a hora,
Vemos o tempo ir embora
E os dias passam, um Inverno,
Trazemos p’ra nós o Inferno.
Remorsos penetram em nós,
De não ter seguido a voz
Que dizia, em coro, “Arrisca!”,
O sinal que forte pisca,
“Segue, deixa de racionar.
Aproveita para amar”.
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
ciclone
Voltas e voltas e voltas no ar.
Perdemo-nos na vida e volta a encontrar
O caminho esquecido pelas alegrias,
Damos realidade às fantasias.
Balouço na haste duma árvore
Pendurada no abismo da Terra
Lobo mau, debaixo que me devora
Se me deixo cair para a guerra.
Dá a mão, uma corda, uma saída;
Prende-me forte a ti e à vida;
Segura-me alto nos teus braços,
Aconchega-me, enche-me de abraços.
Tenho saudades tuas, já te disse?
Yes, you’re the one i really miss.
Olhar-te nos olhos, tocar-te a pele
Sentir o teu cheiro, provar o teu mel.
Gosto de te ouvir contar
As histórias de criança,
O teu brilho no olhar
A recordar uma lembrança.
Mas, aqui estou sozinha
No canto da minha cama
A olhar o outro canto.
Esse lugar por ti chama.
Perdemo-nos na vida e volta a encontrar
O caminho esquecido pelas alegrias,
Damos realidade às fantasias.
Balouço na haste duma árvore
Pendurada no abismo da Terra
Lobo mau, debaixo que me devora
Se me deixo cair para a guerra.
Dá a mão, uma corda, uma saída;
Prende-me forte a ti e à vida;
Segura-me alto nos teus braços,
Aconchega-me, enche-me de abraços.
Tenho saudades tuas, já te disse?
Yes, you’re the one i really miss.
Olhar-te nos olhos, tocar-te a pele
Sentir o teu cheiro, provar o teu mel.
Gosto de te ouvir contar
As histórias de criança,
O teu brilho no olhar
A recordar uma lembrança.
Mas, aqui estou sozinha
No canto da minha cama
A olhar o outro canto.
Esse lugar por ti chama.
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
amarguras e alegrias
Caminho pelas ruas fora
À procura de algum alento
E encontro, nas esquinas da vida,
Quem me dê algum sustento
Para a alma, amolecida
Pelas amarguras vividas.
Dêem-me colo, meus amigos
Quando é altura de chorar…
Tragam-me champanhe,
Nos momentos de festejar
As vitórias, que conquistamos
Com aqueles que amamos.
Dêem-me luz, na noite escura
Quando o céu não tiver estrelas.
Mas salvem-me das chamas,
Se eu for assim tão burra
Que não sinta o quanto o coração
Grita de agonia, de solidão.
À procura de algum alento
E encontro, nas esquinas da vida,
Quem me dê algum sustento
Para a alma, amolecida
Pelas amarguras vividas.
Dêem-me colo, meus amigos
Quando é altura de chorar…
Tragam-me champanhe,
Nos momentos de festejar
As vitórias, que conquistamos
Com aqueles que amamos.
Dêem-me luz, na noite escura
Quando o céu não tiver estrelas.
Mas salvem-me das chamas,
Se eu for assim tão burra
Que não sinta o quanto o coração
Grita de agonia, de solidão.
Conforto
Tenho a cabeça a explodir.
Tantos anos, tanto porvir
Sem rasto certo, um deserto
No meu íntimo, um aperto.
Sem cordas onde me segurar,
Aprendo devagar a flutuar.
A grandes altitudes me desloco,
Em cima do abismo me coloco.
Tenho asas p’ra voar
O que custa é levantar
Que nem pássaro na lua
Sobranceio a larga rua.
Se cair, tanto me faz…
Nada mais me apraz
Que ter amigos e amores.
Tudo o resto são horrores.
E sem eles, do que são feitos
Os dias, caminhos estreitos?
De luz ténue, assombrada…
Não, a vida não vale nada.
Escolher bem é uma virtude
É planar em altitude,
Segura que se cair um dia
A relva em baixo será macia.
Tantos anos, tanto porvir
Sem rasto certo, um deserto
No meu íntimo, um aperto.
Sem cordas onde me segurar,
Aprendo devagar a flutuar.
A grandes altitudes me desloco,
Em cima do abismo me coloco.
Tenho asas p’ra voar
O que custa é levantar
Que nem pássaro na lua
Sobranceio a larga rua.
Se cair, tanto me faz…
Nada mais me apraz
Que ter amigos e amores.
Tudo o resto são horrores.
E sem eles, do que são feitos
Os dias, caminhos estreitos?
De luz ténue, assombrada…
Não, a vida não vale nada.
Escolher bem é uma virtude
É planar em altitude,
Segura que se cair um dia
A relva em baixo será macia.
sábado, 23 de agosto de 2008
pescador de dúvidas
Tudo bem, eu dou-te espaço.
E até lá, o que é que eu faço?
Não suporto ficar sem ti…
Quero que estejas aqui.
Sei que sentes, interrogas
Em duvidas te afogas.
Livra-te desse bravo mar
Não te deixes aí ficar.
Luta, tu és um vencedor.
Força, derrota a tua dor.
Alcança a margem, ganha pé,
Eu já estou lá, cheia de fé.
Qual pescador que sai ao mar,
Assim estás tu, tens que voltar.
À tua espera, no terraço paro,
P’ra te dar merecido amparo.
Abraça-me com força, eu festejo
A tua vinda com um beijo
Terno, e sedutor, botão de flor,
E entrego-te o meu amor.
E até lá, o que é que eu faço?
Não suporto ficar sem ti…
Quero que estejas aqui.
Sei que sentes, interrogas
Em duvidas te afogas.
Livra-te desse bravo mar
Não te deixes aí ficar.
Luta, tu és um vencedor.
Força, derrota a tua dor.
Alcança a margem, ganha pé,
Eu já estou lá, cheia de fé.
Qual pescador que sai ao mar,
Assim estás tu, tens que voltar.
À tua espera, no terraço paro,
P’ra te dar merecido amparo.
Abraça-me com força, eu festejo
A tua vinda com um beijo
Terno, e sedutor, botão de flor,
E entrego-te o meu amor.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Contradições
Eu bem quero escrever
O que vai na minha alma,
Mas não há como dizer
O que me retira calma!
São emoções, são sentimentos
Que me enchem de tormentos;
Pensamentos contraditórios
De amores e até de ódios…
Gosto muito de ti, repito
Mais do que um dia pensei…
Ignoras aquilo que sinto
E eu não sei que mais farei.
Isso magoa-me, uma facada
Na esperança que aqui guardo
No coração, e sou embalada
Pelas tuas frases de agrado.
Mas tu vais fugindo de mim
Como se mal te fizesse!
Não há quem cuide de ti
Como eu faria, se pudesse.
Não falo de cuidado físico,
Sei bem do que és capaz.
Falo de amor intrínseco
Que meu íntimo te traz.
Não posso dizer que é amor
Porque o amor é partilhar
A felicidade, a alegria, a dor
Tudo o que tivermos a dar.
E nada disso ainda fazemos
Nos momentos de paixão.
Esses, partilhamos juntos;
Aí o amor une o coração.
Os meus projectos de vida revi
Descobri que há sempre saída!
Quando alguém ama outro alguém
Tudo se faz, com tudo se lida.
Não penses nisso, não imagines
Que serei infeliz, ou limitada.
Seria se não fossemos felizes.
O resto, não importa para nada.
Metade miúda, metade mulher
Sei que tenho muito a crescer.
Mas o sentimento que tenho por ti
é o maior q alguma vez senti.
Não digo isto da boca p'ra fora
As minhas dúvidas foram-se embora
Revolta, é normal que possua:
Afinal, ainda não me vês como tua.
Deixa-te de dúvidas e esclarece
Logo o que pensas disto.
Vou rezando a minha prece.
P’ra que fales o que tenho previsto.
Que queres tentar comigo
Que gostas muito de meu jeito
Pedes-me um abraço amigo.
Eu encosto a cabeça no peito.
Se assim não for, nesse dia,
Que deus proteja minha vida,
Morro de amores, foi-se alegria,
E renasço qual Fénix, renascida.
E no meio de todo este banzé
Digo adeus à vida como ela é.
O que vai na minha alma,
Mas não há como dizer
O que me retira calma!
São emoções, são sentimentos
Que me enchem de tormentos;
Pensamentos contraditórios
De amores e até de ódios…
Gosto muito de ti, repito
Mais do que um dia pensei…
Ignoras aquilo que sinto
E eu não sei que mais farei.
Isso magoa-me, uma facada
Na esperança que aqui guardo
No coração, e sou embalada
Pelas tuas frases de agrado.
Mas tu vais fugindo de mim
Como se mal te fizesse!
Não há quem cuide de ti
Como eu faria, se pudesse.
Não falo de cuidado físico,
Sei bem do que és capaz.
Falo de amor intrínseco
Que meu íntimo te traz.
Não posso dizer que é amor
Porque o amor é partilhar
A felicidade, a alegria, a dor
Tudo o que tivermos a dar.
E nada disso ainda fazemos
Nos momentos de paixão.
Esses, partilhamos juntos;
Aí o amor une o coração.
Os meus projectos de vida revi
Descobri que há sempre saída!
Quando alguém ama outro alguém
Tudo se faz, com tudo se lida.
Não penses nisso, não imagines
Que serei infeliz, ou limitada.
Seria se não fossemos felizes.
O resto, não importa para nada.
Metade miúda, metade mulher
Sei que tenho muito a crescer.
Mas o sentimento que tenho por ti
é o maior q alguma vez senti.
Não digo isto da boca p'ra fora
As minhas dúvidas foram-se embora
Revolta, é normal que possua:
Afinal, ainda não me vês como tua.
Deixa-te de dúvidas e esclarece
Logo o que pensas disto.
Vou rezando a minha prece.
P’ra que fales o que tenho previsto.
Que queres tentar comigo
Que gostas muito de meu jeito
Pedes-me um abraço amigo.
Eu encosto a cabeça no peito.
Se assim não for, nesse dia,
Que deus proteja minha vida,
Morro de amores, foi-se alegria,
E renasço qual Fénix, renascida.
E no meio de todo este banzé
Digo adeus à vida como ela é.
terça-feira, 19 de agosto de 2008
good moments
i'm looking at a wonderful star
shinning, lonely, in the sky..
i wonder to myself where you are
and open my wings to fly
close to you,to be loved,
giving you kisses and get touched,
coming and going to the end,
enjoying the time we spend.
feel my arms around your neck,
i go to heaven and get back,
bite me ear, make me crazy
i'll lick your nipple, lazy...
now, you're inside me
a pleasant moment it seems to be...
humm dear God, it is so good!...
then, it's over and you give me a hug..
shinning, lonely, in the sky..
i wonder to myself where you are
and open my wings to fly
close to you,to be loved,
giving you kisses and get touched,
coming and going to the end,
enjoying the time we spend.
feel my arms around your neck,
i go to heaven and get back,
bite me ear, make me crazy
i'll lick your nipple, lazy...
now, you're inside me
a pleasant moment it seems to be...
humm dear God, it is so good!...
then, it's over and you give me a hug..
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
um pensamento...
não quero nada que não me dêem
não exijo nada que não me ofereçam
não aceito nada que não seja de boa mente
quero, exijo e aceito que voltes brevemente.
não exijo nada que não me ofereçam
não aceito nada que não seja de boa mente
quero, exijo e aceito que voltes brevemente.
domingo, 17 de agosto de 2008
Adeus à vida como ela é
que raiva sinto de mim mesma!
que ódio ao destino tenho agora...
não posso mais com este peso
que me comprime, nesta hora,
o coração, amachucado...
sempre burra, sempre atrás,
do que nunca irá além
por mim, por eles, pelo fado
que demonstra ser safado
e ceifada a minha vida
sobrevivo como posso
no meio da multidão,
que passa, suspreendida,
por um pobre coração.
não mais, ser um capacho
de alguém que não sabe amar
estou desfeita, eu acho
que não tenho mais p'ra dar...
façam de mim o que quiserem,
meu corpo move-se igual,
mas minha alma, meu intimo,
que outrora cavalgava vales
essa, sofreu um golpe mortal.
e aqui se despede ela, com amor
a restia do que existia
neste grande coração nobre
que outro coração roubaria.
que raiva sinto de mim mesma!
que ódio ao destino tenho agora...
não posso mais com este peso
que me comprime, nesta hora,
o coração, amachucado...
sempre burra, sempre atrás,
do que nunca irá além
por mim, por eles, pelo fado
que demonstra ser safado
e ceifada a minha vida
sobrevivo como posso
no meio da multidão,
que passa, suspreendida,
por um pobre coração.
não mais, ser um capacho
de alguém que não sabe amar
estou desfeita, eu acho
que não tenho mais p'ra dar...
façam de mim o que quiserem,
meu corpo move-se igual,
mas minha alma, meu intimo,
que outrora cavalgava vales
essa, sofreu um golpe mortal.
e aqui se despede ela, com amor
a restia do que existia
neste grande coração nobre
que outro coração roubaria.
sábado, 16 de agosto de 2008
Por TI espero
Não, por favor, outra vez não…
E de culpas, tantas, me cubro.
Pelas tempestades destes dias
O meu coração está em Outubro.
Não quis ver o que possuía
À minha frente, olhando p’ra trás.
E o presente, que me sorria,
Atormenta, retirou-me a paz.
Descobri em mim, espantada,
Que não amava que eu queria,
Quem me queria eu afinal amava,
Mas só mais tarde perceberia.
E nesta estase, fui deixando
Andar o meu barco sem leme.
Veio a onda e fiquei dançando
No remoinho de sombras ténues.
Quase esquecida, apagada
Da lembrança de quem pensei
Que me havia amado um dia
Numa noite iluminada.
Terei sido esquecida assim?
As memórias significam nada?
Por favor, volta p’ra mim,
O meu coração por ti chamava…
Ó Vénus, a ti peço, bela,
Afrodite, deusa de amores subtis,
Isis, amor fértil e carnal,
Tragam-me Marte, Ares, Osíris.
Homem forte, de corpo esbelto
Encantador com o seu charme.
Astuto, inteligente, gentil
Com um coração nobre e febril.
Sim, febril de amor e compreensão,
Companheirismo e muita paixão.
Beijar-lhe a pele no fim do dia
É o meu desejo, minha alegria.
Tocar aquele tronco esguio
Palpar os seus músculos de aço,…
Ele acarinha-me o cabelo
Enquanto mimos eu lhe faço.
Vamos, livremo-nos da tensão
Que nos apimenta o desejo
Sente-me palpitar de paixão
Tira-me tudo com um só beijo.
Sente a minha pele a proclamar
Pela tua língua, teus lábios, suor.
Vem, a mim, deixa-me mostrar
Como podemos fazer amor.
Rolemos os dois, no leito,
No sofá ou até no chão.
Acaricias-me, devagar, o peito
Num desejo claro de acção.
Por fim, aceleramos a promessa
De chegarmos ao fim da ida
Ao paraíso, e retornamos juntos,
Completamente felizes da vida.
E permaneces comigo, a meu lado
Observando os meus olhos meigos.
Adormecemos abraçados, nus,
Enquanto o futuro permanece leigo.
E de culpas, tantas, me cubro.
Pelas tempestades destes dias
O meu coração está em Outubro.
Não quis ver o que possuía
À minha frente, olhando p’ra trás.
E o presente, que me sorria,
Atormenta, retirou-me a paz.
Descobri em mim, espantada,
Que não amava que eu queria,
Quem me queria eu afinal amava,
Mas só mais tarde perceberia.
E nesta estase, fui deixando
Andar o meu barco sem leme.
Veio a onda e fiquei dançando
No remoinho de sombras ténues.
Quase esquecida, apagada
Da lembrança de quem pensei
Que me havia amado um dia
Numa noite iluminada.
Terei sido esquecida assim?
As memórias significam nada?
Por favor, volta p’ra mim,
O meu coração por ti chamava…
Ó Vénus, a ti peço, bela,
Afrodite, deusa de amores subtis,
Isis, amor fértil e carnal,
Tragam-me Marte, Ares, Osíris.
Homem forte, de corpo esbelto
Encantador com o seu charme.
Astuto, inteligente, gentil
Com um coração nobre e febril.
Sim, febril de amor e compreensão,
Companheirismo e muita paixão.
Beijar-lhe a pele no fim do dia
É o meu desejo, minha alegria.
Tocar aquele tronco esguio
Palpar os seus músculos de aço,…
Ele acarinha-me o cabelo
Enquanto mimos eu lhe faço.
Vamos, livremo-nos da tensão
Que nos apimenta o desejo
Sente-me palpitar de paixão
Tira-me tudo com um só beijo.
Sente a minha pele a proclamar
Pela tua língua, teus lábios, suor.
Vem, a mim, deixa-me mostrar
Como podemos fazer amor.
Rolemos os dois, no leito,
No sofá ou até no chão.
Acaricias-me, devagar, o peito
Num desejo claro de acção.
Por fim, aceleramos a promessa
De chegarmos ao fim da ida
Ao paraíso, e retornamos juntos,
Completamente felizes da vida.
E permaneces comigo, a meu lado
Observando os meus olhos meigos.
Adormecemos abraçados, nus,
Enquanto o futuro permanece leigo.
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
labirintos da vida
A solidão consome-me
Na alma, d’amor tenho fome.
Só intrigas e ilusões na vida
Até parece que sou perseguida
Pelo desespero e escuridão.
Vem amor, abre-te a mim
Tira-me deste labirinto sem fim
Onde me perco à tua procura,
Transformando a razão em loucura.
Mas tu não chegas, e eu morro
De cada vez um pedacinho escorro
Nas lágrimas, que lavram minha pele
Numa amarga mistura de fel e mel.
Solta-me daqui, monstro medonho!
Todos os dias da vida me oponho
A baixar os braços para encontrar a porta
E sair deste labirinto de revolta.
Porém, vislumbro saída à frente
E coloco obstáculos adiante de repente.
Penso p’ra mim que é ilusão,
Aquele caminho não é a solução.
Então, percebo, não há alternativa!
Aquele é o caminho da minha vida!
Todavia, chego à porta e nela bato
E do outro lado apenas responde, longínquo,
Um murmúrio suave no meio do vácuo.
Sinto que está algo lá, nas profundezas
E tem o antídoto das minhas tristezas.
Mas desespero à espera que chegue a hora
De colher o fruto, essa doce amora.
Roxa por fora e vermelha de paixão
Que acalma e amacia o coração
De quem sempre esteve a vida à espera
Que chegasse a seu âmago a Primavera.
E quando isso acontecer
De flores me lavro, serei jardim
De rosas brancas e malmequeres,
E relva p’ra te deitares em mim.
Nesse dia desabrocharei suavemente
E farei delirar as nossas mentes
Num misto de paixão, amor, carinho,
E algum loucura apimentando o caminho.
Vem, meu companheiro, vem a mim,
Aceita tudo o que meu coração oferece
Dá-me atenção, ouve-me assim
A prometer dar-te o que tu mereces.
Não garanto ser para sempre,
O caminho vai além da distância
Que o horizonte permite avistar.
Por muita que seja a minha ânsia
De contigo viver para sempre,
Saberei somente fazer nossas
Memórias boas, que a gente lembre.
Se o destino nos traçou infinito
O nosso caminho paralelo,
Então poderei mostrar, é dito,
O quanto o amor tem de belo.
Perfumarei todos os dias
Com o suave odor da fragrância
Do desejo que chegues a mim de verdade
Para desabafarmos a nossa saudade.
Na alma, d’amor tenho fome.
Só intrigas e ilusões na vida
Até parece que sou perseguida
Pelo desespero e escuridão.
Vem amor, abre-te a mim
Tira-me deste labirinto sem fim
Onde me perco à tua procura,
Transformando a razão em loucura.
Mas tu não chegas, e eu morro
De cada vez um pedacinho escorro
Nas lágrimas, que lavram minha pele
Numa amarga mistura de fel e mel.
Solta-me daqui, monstro medonho!
Todos os dias da vida me oponho
A baixar os braços para encontrar a porta
E sair deste labirinto de revolta.
Porém, vislumbro saída à frente
E coloco obstáculos adiante de repente.
Penso p’ra mim que é ilusão,
Aquele caminho não é a solução.
Então, percebo, não há alternativa!
Aquele é o caminho da minha vida!
Todavia, chego à porta e nela bato
E do outro lado apenas responde, longínquo,
Um murmúrio suave no meio do vácuo.
Sinto que está algo lá, nas profundezas
E tem o antídoto das minhas tristezas.
Mas desespero à espera que chegue a hora
De colher o fruto, essa doce amora.
Roxa por fora e vermelha de paixão
Que acalma e amacia o coração
De quem sempre esteve a vida à espera
Que chegasse a seu âmago a Primavera.
E quando isso acontecer
De flores me lavro, serei jardim
De rosas brancas e malmequeres,
E relva p’ra te deitares em mim.
Nesse dia desabrocharei suavemente
E farei delirar as nossas mentes
Num misto de paixão, amor, carinho,
E algum loucura apimentando o caminho.
Vem, meu companheiro, vem a mim,
Aceita tudo o que meu coração oferece
Dá-me atenção, ouve-me assim
A prometer dar-te o que tu mereces.
Não garanto ser para sempre,
O caminho vai além da distância
Que o horizonte permite avistar.
Por muita que seja a minha ânsia
De contigo viver para sempre,
Saberei somente fazer nossas
Memórias boas, que a gente lembre.
Se o destino nos traçou infinito
O nosso caminho paralelo,
Então poderei mostrar, é dito,
O quanto o amor tem de belo.
Perfumarei todos os dias
Com o suave odor da fragrância
Do desejo que chegues a mim de verdade
Para desabafarmos a nossa saudade.
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
ilusões
Sou mesmo estúpida
Queres saber porquê?
Tive-te na minha vida,
Podia ter-te sempre,
E deixei-te sair de repente,
Porque não sabia clamar
O que a minha alma sente.
Pensei para mim mesma:
É melhor aligeirar as cenas
Somente sexo, carinho e amizade.
Mas não me lembrei apenas
Que o amor é como a saudade.
Sente-se quando algo nos foge,
Ou perde, ou quando morre.
E aviva-se quando o peito sente
Outro coração, abaulado, a bater
Em ritmo e próximo ao da gente.
Quando estou ao pé de ti
Sinto carinho, paz, harmonia.
O desejo está presente, de me deitar
Contigo no final do dia.
Passas as mãos na minha pele,
Os teus lábios tocam a testa.
Enrolas-me o cabelo nos dedos
Enquanto suspiras, suspiro leve.
Os olhos contam histórias
De tristeza, alegria, triviais, …
Enquanto eu te adoço o rosto
Com os meus beijos sensuais.
Mas dos meus olhos correm lágrimas
De dor por saber-te distante.
O que será de nós afinal,
O que queres daqui adiante?
Eu sei que tu não sabes,
Respostas também não posso dar.
Quero-te desde o instante
Em que percebi que tudo ia mudar.
E é estúpido, mesquinho, talvez?
Assim parece, eu sei que sim.
Mas tudo fiz para não magoar
A pessoa que me faz sentir assim,
Acarinhada, em paz, feliz.
E a minha decisão, depois de pensar
Foi proclamar o que o coração diz.
Cada vez que o faço, me ressinto
Não é fácil exprimir os sentimentos
Principalmente nestes momentos
Em que não sei se me irás amar.
Queres saber porquê?
Tive-te na minha vida,
Podia ter-te sempre,
E deixei-te sair de repente,
Porque não sabia clamar
O que a minha alma sente.
Pensei para mim mesma:
É melhor aligeirar as cenas
Somente sexo, carinho e amizade.
Mas não me lembrei apenas
Que o amor é como a saudade.
Sente-se quando algo nos foge,
Ou perde, ou quando morre.
E aviva-se quando o peito sente
Outro coração, abaulado, a bater
Em ritmo e próximo ao da gente.
Quando estou ao pé de ti
Sinto carinho, paz, harmonia.
O desejo está presente, de me deitar
Contigo no final do dia.
Passas as mãos na minha pele,
Os teus lábios tocam a testa.
Enrolas-me o cabelo nos dedos
Enquanto suspiras, suspiro leve.
Os olhos contam histórias
De tristeza, alegria, triviais, …
Enquanto eu te adoço o rosto
Com os meus beijos sensuais.
Mas dos meus olhos correm lágrimas
De dor por saber-te distante.
O que será de nós afinal,
O que queres daqui adiante?
Eu sei que tu não sabes,
Respostas também não posso dar.
Quero-te desde o instante
Em que percebi que tudo ia mudar.
E é estúpido, mesquinho, talvez?
Assim parece, eu sei que sim.
Mas tudo fiz para não magoar
A pessoa que me faz sentir assim,
Acarinhada, em paz, feliz.
E a minha decisão, depois de pensar
Foi proclamar o que o coração diz.
Cada vez que o faço, me ressinto
Não é fácil exprimir os sentimentos
Principalmente nestes momentos
Em que não sei se me irás amar.
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