domingo, 17 de agosto de 2008

Adeus à vida como ela é

que raiva sinto de mim mesma!
que ódio ao destino tenho agora...
não posso mais com este peso
que me comprime, nesta hora,
o coração, amachucado...

sempre burra, sempre atrás,
do que nunca irá além
por mim, por eles, pelo fado
que demonstra ser safado

e ceifada a minha vida
sobrevivo como posso
no meio da multidão,
que passa, suspreendida,
por um pobre coração.

não mais, ser um capacho
de alguém que não sabe amar
estou desfeita, eu acho
que não tenho mais p'ra dar...

façam de mim o que quiserem,
meu corpo move-se igual,
mas minha alma, meu intimo,
que outrora cavalgava vales
essa, sofreu um golpe mortal.

e aqui se despede ela, com amor
a restia do que existia
neste grande coração nobre
que outro coração roubaria.

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