Tenho a cabeça a explodir.
Tantos anos, tanto porvir
Sem rasto certo, um deserto
No meu íntimo, um aperto.
Sem cordas onde me segurar,
Aprendo devagar a flutuar.
A grandes altitudes me desloco,
Em cima do abismo me coloco.
Tenho asas p’ra voar
O que custa é levantar
Que nem pássaro na lua
Sobranceio a larga rua.
Se cair, tanto me faz…
Nada mais me apraz
Que ter amigos e amores.
Tudo o resto são horrores.
E sem eles, do que são feitos
Os dias, caminhos estreitos?
De luz ténue, assombrada…
Não, a vida não vale nada.
Escolher bem é uma virtude
É planar em altitude,
Segura que se cair um dia
A relva em baixo será macia.
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
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