quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Contradições

Eu bem quero escrever
O que vai na minha alma,
Mas não há como dizer
O que me retira calma!

São emoções, são sentimentos
Que me enchem de tormentos;
Pensamentos contraditórios
De amores e até de ódios…

Gosto muito de ti, repito
Mais do que um dia pensei…
Ignoras aquilo que sinto
E eu não sei que mais farei.

Isso magoa-me, uma facada
Na esperança que aqui guardo
No coração, e sou embalada
Pelas tuas frases de agrado.

Mas tu vais fugindo de mim
Como se mal te fizesse!
Não há quem cuide de ti
Como eu faria, se pudesse.

Não falo de cuidado físico,
Sei bem do que és capaz.
Falo de amor intrínseco
Que meu íntimo te traz.

Não posso dizer que é amor
Porque o amor é partilhar
A felicidade, a alegria, a dor
Tudo o que tivermos a dar.

E nada disso ainda fazemos
Nos momentos de paixão.
Esses, partilhamos juntos;
Aí o amor une o coração.

Os meus projectos de vida revi
Descobri que há sempre saída!
Quando alguém ama outro alguém
Tudo se faz, com tudo se lida.

Não penses nisso, não imagines
Que serei infeliz, ou limitada.
Seria se não fossemos felizes.
O resto, não importa para nada.

Metade miúda, metade mulher
Sei que tenho muito a crescer.
Mas o sentimento que tenho por ti
é o maior q alguma vez senti.

Não digo isto da boca p'ra fora
As minhas dúvidas foram-se embora
Revolta, é normal que possua:
Afinal, ainda não me vês como tua.

Deixa-te de dúvidas e esclarece
Logo o que pensas disto.
Vou rezando a minha prece.
P’ra que fales o que tenho previsto.

Que queres tentar comigo
Que gostas muito de meu jeito
Pedes-me um abraço amigo.
Eu encosto a cabeça no peito.

Se assim não for, nesse dia,
Que deus proteja minha vida,
Morro de amores, foi-se alegria,
E renasço qual Fénix, renascida.

E no meio de todo este banzé
Digo adeus à vida como ela é.

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