Não, por favor, outra vez não…
E de culpas, tantas, me cubro.
Pelas tempestades destes dias
O meu coração está em Outubro.
Não quis ver o que possuía
À minha frente, olhando p’ra trás.
E o presente, que me sorria,
Atormenta, retirou-me a paz.
Descobri em mim, espantada,
Que não amava que eu queria,
Quem me queria eu afinal amava,
Mas só mais tarde perceberia.
E nesta estase, fui deixando
Andar o meu barco sem leme.
Veio a onda e fiquei dançando
No remoinho de sombras ténues.
Quase esquecida, apagada
Da lembrança de quem pensei
Que me havia amado um dia
Numa noite iluminada.
Terei sido esquecida assim?
As memórias significam nada?
Por favor, volta p’ra mim,
O meu coração por ti chamava…
Ó Vénus, a ti peço, bela,
Afrodite, deusa de amores subtis,
Isis, amor fértil e carnal,
Tragam-me Marte, Ares, Osíris.
Homem forte, de corpo esbelto
Encantador com o seu charme.
Astuto, inteligente, gentil
Com um coração nobre e febril.
Sim, febril de amor e compreensão,
Companheirismo e muita paixão.
Beijar-lhe a pele no fim do dia
É o meu desejo, minha alegria.
Tocar aquele tronco esguio
Palpar os seus músculos de aço,…
Ele acarinha-me o cabelo
Enquanto mimos eu lhe faço.
Vamos, livremo-nos da tensão
Que nos apimenta o desejo
Sente-me palpitar de paixão
Tira-me tudo com um só beijo.
Sente a minha pele a proclamar
Pela tua língua, teus lábios, suor.
Vem, a mim, deixa-me mostrar
Como podemos fazer amor.
Rolemos os dois, no leito,
No sofá ou até no chão.
Acaricias-me, devagar, o peito
Num desejo claro de acção.
Por fim, aceleramos a promessa
De chegarmos ao fim da ida
Ao paraíso, e retornamos juntos,
Completamente felizes da vida.
E permaneces comigo, a meu lado
Observando os meus olhos meigos.
Adormecemos abraçados, nus,
Enquanto o futuro permanece leigo.
sábado, 16 de agosto de 2008
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1 comentário:
Que interessante agora teres um blog! Acho que fazes bem! Quem te conhece sabe bem os dotes que tens para os poemas! Continua;) Good luck***
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