Estou a tentar esquecer-te. Eu sei que preciso de te esquecer, pelo menos por um tempo. Mas como se esquece o nosso príncipe depois de o encontrarmos? Durante muitos anos apaguei a imagem desse príncipe dos meus sonhos. Afinal, seria só uma fantasia. E fui-me contentando com o que a realidade parecia trazer de melhor. Carinho, atracção, amizade… mas o companheirismo, a entreajuda, o amor incondicional… pensei não existir.
Depois, conheci-te. E não foi pelos teus lindos olhos, pelo teu corpo musculado, pelo teu físico que me apaixonei. Tão pouco pelo dinheiro ou ambições que tenhas. Foi sim, pelo carinho com que cuidas de todos à tua volta, pela companhia que me fazias mesmo à distância, pelo desafio mental que me proporcionas! E pelos camarões fritos à meia-noite… Esta lembrança fez-me sorrir. Aquela noite, em que tivemos que usar todos os nossos recursos mentais para não fugirmos ao que sabíamos ser o correcto a fazer. As conversas, os desabafos, os sorrisos partilhados. A vontade de te beijar, de te compensar com o mesmo carinho que tu me transmitias, e sentir que estavas receptivo a isso naquela hora, deixava-me entre a espada e a parede!... Valeu o esforço de respeitar o espaço que ambos necessitamos neste momento…
Tanto para dizer, tanto para contar e tanto segredo para esconder. Tanto que gostava de poder dizer, e só a ti, e tanto que gostava de te escutar.
Poderia falar por exemplo, do sabor que é poder encostar a minha cabeça no teu ombro, e saber que nada me exiges em troca, senão poderes fazer o mesmo quando tens vontade disso. E poderia falar do quanto é bom quando descansas no meu colo, e eu te mimo com beijos e carícias sinceras. Poderia falar do quanto é agradável falar contigo, de te ouvir a contar histórias, de escutar o teu riso espontâneo, o teu modo de viver a vida. Poderia falar do quanto me fazes sentir importante só por ser singular, mesmo quando a moral está abaixo da linha… mas não quero falar. Porque são só recordações do passado, e espero vivenciá-las num futuro próximo.
Eu não sei ler o futuro. Agora, preciso de viver o presente. Mas não posso fingir que o meu presente não está vazio. De um modo ou de outro, faltas tu aqui, e ninguém te substitui.
Com muito carinho, para o meu Mickey ;)
domingo, 28 de setembro de 2008
sábado, 6 de setembro de 2008
Fantasia
Não quero ver as estrelas,
Não quero ver o céu.
Quero estar entre elas,
Ter um mundo só meu.
Quero sorrir, ver o reflexo
Das rugas no meu rosto.
Abandonar o que não tem nexo,
Ver o sol após se ter posto.
Quero flutuar, tocar no espaço,
Sentir o vácuo do Universo;
Deixar o tempo, esse compasso
Que acompanha a morte, em verso.
Quero sonhar, para entrar nas nuvens;
Viver num castelo encantado
Cheio de bolhas de sabão, solúveis.
E viver p’ra sempre com o meu amado.
Resumindo esta fantasia,
O que eu quero é estar contigo,
Relembrar as nossa alegria,
Vivenciando o amor antigo.
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
explosão interna
Já não aguento mais,
Acabei de explodir!
Este dia de arraiais
Acabaria por vir…
Qual foguete que alegra a festa
Voo eu até altos céus.
De mágoa, rebenta-me a testa,
Nela, penduro duros véus.
Foge-me a dor dos meus olhos,
A tristeza rouba-me a face.
Treme a terra nestes escolhos,
Que um dia foram “une place”.
Sim, um lugar p’ra te pousares
Sobre a leve seda macia:
Meu coração de leves ares
Que de amor se arrepia.
Mas um furacão passou
E arrasou com os portões.
Guardas régios matou,
Que me protegiam de paixões.
E desfeita, só, me estaco,
Encurralada a meio caminho.
Estalada, que nem um caco,
Preciso sentir o teu carinho...
Acabei de explodir!
Este dia de arraiais
Acabaria por vir…
Qual foguete que alegra a festa
Voo eu até altos céus.
De mágoa, rebenta-me a testa,
Nela, penduro duros véus.
Foge-me a dor dos meus olhos,
A tristeza rouba-me a face.
Treme a terra nestes escolhos,
Que um dia foram “une place”.
Sim, um lugar p’ra te pousares
Sobre a leve seda macia:
Meu coração de leves ares
Que de amor se arrepia.
Mas um furacão passou
E arrasou com os portões.
Guardas régios matou,
Que me protegiam de paixões.
E desfeita, só, me estaco,
Encurralada a meio caminho.
Estalada, que nem um caco,
Preciso sentir o teu carinho...
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Aproveita para Amar
Encho uma folha branca
De palavras sem nexo.
Não existem, não exprimem
Sentimento tão complexo
Como o que sinto cá dentro,
Envolvendo o pensamento.
Não como, não adormeço,
Não vivo, não te esqueço
Um segundo na minha vida.
Na utopia da corrida
Que fazemos toda a hora,
Vemos o tempo ir embora
E os dias passam, um Inverno,
Trazemos p’ra nós o Inferno.
Remorsos penetram em nós,
De não ter seguido a voz
Que dizia, em coro, “Arrisca!”,
O sinal que forte pisca,
“Segue, deixa de racionar.
Aproveita para amar”.
De palavras sem nexo.
Não existem, não exprimem
Sentimento tão complexo
Como o que sinto cá dentro,
Envolvendo o pensamento.
Não como, não adormeço,
Não vivo, não te esqueço
Um segundo na minha vida.
Na utopia da corrida
Que fazemos toda a hora,
Vemos o tempo ir embora
E os dias passam, um Inverno,
Trazemos p’ra nós o Inferno.
Remorsos penetram em nós,
De não ter seguido a voz
Que dizia, em coro, “Arrisca!”,
O sinal que forte pisca,
“Segue, deixa de racionar.
Aproveita para amar”.
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
ciclone
Voltas e voltas e voltas no ar.
Perdemo-nos na vida e volta a encontrar
O caminho esquecido pelas alegrias,
Damos realidade às fantasias.
Balouço na haste duma árvore
Pendurada no abismo da Terra
Lobo mau, debaixo que me devora
Se me deixo cair para a guerra.
Dá a mão, uma corda, uma saída;
Prende-me forte a ti e à vida;
Segura-me alto nos teus braços,
Aconchega-me, enche-me de abraços.
Tenho saudades tuas, já te disse?
Yes, you’re the one i really miss.
Olhar-te nos olhos, tocar-te a pele
Sentir o teu cheiro, provar o teu mel.
Gosto de te ouvir contar
As histórias de criança,
O teu brilho no olhar
A recordar uma lembrança.
Mas, aqui estou sozinha
No canto da minha cama
A olhar o outro canto.
Esse lugar por ti chama.
Perdemo-nos na vida e volta a encontrar
O caminho esquecido pelas alegrias,
Damos realidade às fantasias.
Balouço na haste duma árvore
Pendurada no abismo da Terra
Lobo mau, debaixo que me devora
Se me deixo cair para a guerra.
Dá a mão, uma corda, uma saída;
Prende-me forte a ti e à vida;
Segura-me alto nos teus braços,
Aconchega-me, enche-me de abraços.
Tenho saudades tuas, já te disse?
Yes, you’re the one i really miss.
Olhar-te nos olhos, tocar-te a pele
Sentir o teu cheiro, provar o teu mel.
Gosto de te ouvir contar
As histórias de criança,
O teu brilho no olhar
A recordar uma lembrança.
Mas, aqui estou sozinha
No canto da minha cama
A olhar o outro canto.
Esse lugar por ti chama.
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