Sinto falta da paixão. A paixão de sorrir, a paixão de amar, a paixão de ser amigo… a paixão de quem vê o dia nascer e acredita que o sol durará sempre. A paixão de quem vem ao mundo e encara o desconhecido com um brilho no olhar. A paixão de quem faz o que gosta, e porque quer. A paixão de alguém que conquista o improvável e transforma o impossível em possível.
Até a paixão de escrever desenfreadamente, de dar vida a esta prosa sentimentalista.
Preciso de ver os rios a correr, sempre no mesmo sentido, sempre certos de que no fim está o eterno descanso numas margens banhadas pelo repouso da foz. Preciso de ver um pintainho eclodir, quebrar a casca, dura, e sair vitorioso da sua luta. Preciso de ver um romance, a troca de olhares entre duas pessoas nuas por dentro e por fora, o primeiro beijo e o último daquele momento cheio de fé na sua repetição. Preciso de saltar de pára-quedas e acreditar que ele se abrirá no momento certo. Preciso de meter a cabeça debaixo de água e acreditar que consigo suster a respiração durante um tempo interminável, enquanto uma multidão grita lemas de apoio à minha bravura. Preciso de rir, rir muito, até me doer a barriga e escorrerem lágrimas pela face de ficar sem fôlego de tanto rir!!! Preciso de me sentir forte e acompanhada ao longo da minha vida, porque não me sinto assim agora. Sei que me sentirei assim um dia, apaixonada por mim mesma, pelo mundo, por alguém... mas não agora. Não hoje. Não amanhã. Talvez no dia seguinte. Como sempre.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
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